O paradoxo entre as elevadas graduações dos mestres e as escolas vazias revela uma aparente contradição na jornada de muitos praticantes de artes marciais.

A ambição de alcançar rapidamente o prestigioso 4º Dan e o título de “Mestre”, trazendo com isso a independência financeira para realizar graduações de cintos negros, leva muitos indivíduos a lançarem-se nesse desafio. No entanto, é curioso observar que a maioria daqueles que atingem essas posições rapidamente não consegue manter alunos durante muito tempo, resultando em escolas com poucos ou mesmo nenhuns alunos.  E mesmo tendo alunos é muito mais raro encontrar nestas escolas cintos negros experientes, com muitos anos de treino.

Este paradoxo convida a refletir sobre a essência das artes marciais e os princípios subjacentes à sua prática. Ser um “mestre” não se resume apenas a conquistar graduações e alcançar a independência económica. Requer habilidades intrínsecas, como a capacidade de transmitir conhecimento, inspirar e motivar os alunos, criar um ambiente de aprendizagem positivo e desenvolver relacionamentos duradouros.

A busca frenética pela rápida ascensão nas graduações pode ofuscar estes aspetos fundamentais, resultando numa desconexão entre o título e a habilidade real de ensinar.

É essencial recordar que a verdadeira mestria envolve um compromisso contínuo com o aprimoramento pessoal, tanto no aspeto técnico quanto na própria capacidade de liderança. Nas artes marciais, esta transcende os títulos e o sucesso material; requer dedicação incansável, humildade e a constante busca pela excelência.

Aqueles que compreendem o valor do compromisso contínuo,  priorizam a conexão com os alunos e dedicam-se à autenticidade,  são os verdadeiros guardiões da tradição, guiando as próximas gerações rumo à verdadeira mestria. Essa é a essência imortal dos mestres das artes marciais.

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O paradoxo entre as elevadas graduações dos mestres e as escolas vazias